Então,
Deus permitindo, chega a velhice, também chamada de terceira idade e
feliz idade, entre outros termos considerados mais honrosos.
Nesse
tempo, temos um privilégio singular: podemos olhar para trás. Nessa
era, aprendemos por experiência própria que o tempo passa rápido. Pode
ser até que nos arrependamos do que fizemos ou devíamos ter feito, mas o
tempo só tem um sentido -- para frente -- e isto não pode ser
invertido.
Finalmente,
temos a possibilidade de saber o que é realmente importante. Não
precisamos correr, não só porque já não somos tão velozes, mas porque
aprendemos que não precisamos correr. Podemos diminuir nossas
preocupações, porque algumas realidades acontecerão enquanto dormirmos. O
rio segue como correnteza e também nas águas calmas. Os desejos não
precisam mais nos dominar, porque nós dominamos.
Todos
podemos deixar um legado, mas para quem chega à velhice são maiores as
possibilidades. Na verdade, quando estamos velhos, aposentados ou não,
pensamos em deixar um legado, algo que não mais desfrutaremos. Já que a
nossa partida da história está obviamente mais próxima, não é tempo de
pensar apenas em nós mesmos, mas nos outros; sabemos que não devemos
mais nos concentrar no presente, porque o nosso presente se ampliou para
desejar ser relevante para as gerações que virão. Ainda queremos a
companhia do presente, mas imaginamos ser ouvidos no futuro. Lutamos
menos, oramos mais.
Quando
somos jovens, podemos pedir a Deus para confirmar o que fazemos. Quando
estamos na meia idade, podemos solicitar a Deus que consolide os nossos
atos. Naquelas eras, no entanto, nós nos consideramos fortes e sábios
demais para orar, porque orar é entregar.
A velhice é a era da oração, a
sabedoria máxima que um ser humano pode alcançar, por incluir humildade
e coragem, dependência e força, joelhos dobrados e mãos levantadas.
Pastor Israel Belo
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