sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quando não temos assunto.

Tentar escrever alguma coisa sem ter o assunto necessário traz total falta de produzir algo que seja diferente e se torne eficaz para quem lê. Hoje acontece exatamente isto, não tenho qualquer noção  daquilo que devo escrever. Existe a vontade, porém, o raciocínio parece não estar em consonância  com a vontade de produzir algo pelo menos satisfatório. É muito bom quando se unem as duas coisas: a vontade de escrever com a ideia colocada em prática.

Certa vez alguém pediu para ser aconselhado a não pecar. A pessoa a quem ele se dirigiu disse não poder ajudar, uma vez que também pecava. A insistência foi tão grande e convincente, que o interrogado colocou alguns obstáculos a serem superados. A partir desse momento houve uma reação contrária, quem queria parar de pecar considerou demais; não poderia fazer algo totalmente difícil.

A lição que tiramos para o nosso viver é que em muitas oportunidades temos a vontade, mas preferimos continuar omissos ou, no mínimo, fazer apenas o que achamos que deveríamos fazer.

sábado, 24 de novembro de 2012

SETE RAZÕES PORQUE ALGUNS EVANGÉLICOS ABANDONARAM AS ESCRITURAS.

 

Artigo de autoria do Pr. Renato Vargens, que recebi por e-mail.

Parte da igreja evangélica brasileira encontra-se mergulhada nas mais incongruentes distorções teológicas. Basta olharmos para os nossos arraiais que percebemos a complicada situação vivenciada por aqueles que se dizem cristãos. De certa forma acredito que isso se deva ao fato de termos abandonado as Escrituras. É claro que a relativização da Bíblia não se deu de uma hora para outra.

Na verdade, ouso afirmar que o abandono das Escrituras Sagradas se deu paulatinamente, proporcionando a longo prazo a miscigenação do evangelho.

Isto, posto, gostaria de elencar algumas razões porque alguns evangélicos abandonaram as Escrituras.

1°- A preguiça dos pastores. Lamentavelmente existem inúmeros pastores preguiçosos que não se esmeram na preparação de suas mensagens. Na verdade, poucos são aqueles que dedicam horas a fio preparando sermões relevantes e desafiadores. A falta de pregações deste naipe, tem contribuído para o surgimento de uma igreja "burrificada".

2°- O pragmatismo religioso. Muitos pastores trocaram a exposição das Escrituras pela psicologia e autoajuda. Para estes, o que importa é objetividade, além é claro, de respostas rápidas e satisfatórias ao cliente.

3°- O abandono da Escola Bíblica Dominical. Não precisa ser profeta para afirmar que do jeito que as coisas andam em curto espaço de tempo, a Escola Bíblica Dominical deixará de existir em boa parte das Igrejas. Na verdade, ouso afirmar, que a EBD encontra-se em estado de metástase, e que o desprezo por parte da Igreja tem contribuído com o aumento da ignorância bíblica.

4°- A Sacralização da Música. Infelizmente boa parte dos cristãos consideram a música mais importante que a pregação da Palavra. Os louvores ministrados em nossas assembleias estão repletos de erros grotescos e desvios teológicos, onde através de estapafúrdias canções, brincamos de adoração. Pois é, tenho a impressão que o chamado movimento gospel criou através de sua liturgia um novo sacramento, denominado louvor. Para estes, ainda que inconscientemente a adoração com música transformou-se num meio de graça, onde mediante canções distorcidas teologicamente, os crentes são levados a um estado de catarse.

5°- A difamação da teologia. Volta e meia ouço alguns pastores dizendo que é bobagem estudar sistematicamente as Escrituras. Para estes a letra mata e a teologia enterra. Nesta perspectiva, recriminam todos aqueles que desejam aprofundar-se no estudo teológico. Há pouco visitei uma igreja onde o pastor presidente se orgulhava em dizer que nenhum dos seus pastores estudou teologia. Ele teve a coragem de dizer publicamente que parte da sua equipe não sabia ler direito e que isso era muito bom, simplesmente pelo fato, de que estes poderiam com mais facilidade ser usados pelo Espírito Santo.

6°- A mistificação da fé. Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo catársico, fruto do chamado ‘retété de Jeová’ tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos. Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais estapafúrdias têm se multiplicado em nossos arraiais. "Sapatinho de fogo, unção do cajado, do galo que profetiza”, entre tantas outras baboseiras obtiveram primazia entre os evangélicos.

7°- O sensitismo experimental. Há pouco ouvi um irmão querido dizendo: A Bíblia pode não aprovar este assunto, todavia, o Espírito Santo me dá paz em crer diferentemente das Escrituras. Pois é, para alguns aquilo que se sente é mais importante do que aquilo que a Bíblia diz.

Prezado leitor, ao contrário de muitos, não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Artigo escrito pelo Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho -  Igreja Batista Central de Macapá.
 
Esta crônica é mais choradeira que outra coisa. Mas sejam pacientes. Exerçam a misericórdia comigo. Li esta notícia que reproduzo ipsis literis, do jornal “O Globo”: “A música piorou nas últimas décadas. O que parece relativo quando dito por um crítico ganhou tons científicos com um estudo realizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha. Pesquisadores, através de programas de computador, analisaram 464.411 músicas populares do Ocidente lançadas entre 1955 e 2010, incluindo pop, rock, hip-hop, folk e funk. Com os resultados obtidos, avaliaram tendências com o passar dos anos. As diferentes transições entre combinações de notas diminuíram de número nas últimas décadas. A variedade de timbres na música pop também caiu significantemente desde os anos 1960. Sobre este fato, a conclusão dos pesquisadores é que os compositores tendem a se manter fiéis às mesmas qualidades de som obtidas anteriormente. O volume, porém, tem aumentado desde 1955, em uma ‘espécie de corrida pela música mais alta’”.
Em outras palavras: o volume de decibéis tem substituído a qualidade. O sentido da música não está mais na letra nem na harmonia dos sons, mas na agitação. Isto me parece estar em consonância com a cultura atual em outros níveis. Nós não nos comunicamos mais cognitivamente, mas gestualmente ou corporalmente. A qualquer hora em que alguém ligar a televisão verá um grupo se sacolejando. A cognição cedeu lugar aos sentidos. A razão tem sido posta de lado em detrimento da sensação. O que importa não é o que se expressa verbalmente, mas o que se sente.
Sempre ávidos por novidades mundanas, alguns segmentos da igreja embarcaram nesta tendência. A música evangélica também tem sido empobrecida (e como!) e sua comunicação maior não está no que sua letra diz, mas no quanto faz as pessoas se sacudirem. Desta maneira, os sentidos prevalecem sobre a cognição. E quanto erro teológico se canta! Avalia-se o culto por quanto as pessoas se mexeram, e não por quanto aprenderam sobre Deus e como isto impactou sua vida. Pensei muito nisto nestes dias. Preguei duas noites no Congresso Inspirativo da COBAP (Convenção Batista Amapaense) e nas duas noites ouvi cantar o Quarteto Dom de Livre, de Campinas, que havia cantado três vezes em minha ex-igreja, a Cambuí. No domingo pela manhã, o Dom Livre cantou na Central de Macapá. Fiz o que nunca fizera em 41 anos de ministério pastoral: abdiquei de pregar para eles cantarem. A pregação foram seus cânticos. Tanto na COBAP como na Central, o auditório ficou extasiado. O Quarteto cantou hinos compreensíveis e, o que está se tornando difícil de encontrar, hinos cristológicos. Cristo foi cantado, e não as sensações do adorador. O foco do culto foi Jesus e não o adorador.
À noite tivemos conosco a irmã Cristina Capareli, que foi membro da igreja. Seu esposo, militar, foi transferido, há sete anos. O casal aproveitou o feriado prolongado para vir a Macapá para a filha ver a cidade onde nasceu. Foi outro grande momento: Cristina não grita, não tremelica a voz, não se pavoneia. Apenas canta. Não é artista, é serva. Que impacto espiritual ouvi-la em “Cidade Santa”.
Não se trata de rabugice de velho nem lamúrias de pastor cheirando a naftalina. Apenas uma constatação: o evangelho está se tornando cada vez mais matéria de sentimento, e o culto cada vez mais expressão de movimentos. O homem é o foco do culto. Deus foi glorificado se as pessoas se sentiram bem ou se se expressaram. Por isso que hoje, quando recebo convite de uma igreja para pregar, minha primeira pergunta é como é a liturgia da igreja. Muitas igrejas querem um pastor mais conhecido, para dar notoriedade ao culto e convidam um ou dois cantores famosos. O que prego não faz diferença. O que importa é que eu vá, pois sou um pouco conhecido, e isso dá peso ao evento. E segue o culto: um cantor apresenta uns quatro hinos sem nexo um com o outro e sem conexão com o que prego. Após a mensagem, mais músicas, porque o investimento no cantor precisa ser recompensado. O culto vira uma colcha de retalhos com partes que não se tangenciam. O que o pregador expôs da Palavra de Deus é logo esquecido, porque o cantor “levanta a galera”. A sensação triunfa sobre a reflexão.
Converti-me numa igreja em que Cristo era pregado com convicção, todos os domingos. O pastor se chamava João Falcão Sobrinho, e a igreja era Acari, no Rio de Janeiro. Aprendi a refletir sobre a Palavra de Deus e a procurar internalizá-la. Minha família não era crente e eu era um menino de catorze anos. Morava com meu pai e um primo nos fundos de um bar, na Penha. Para um adolescente, era “barra”, como se diz. O culto me alimentava por uma semana. E era aguardado sempre com expectativa porque no próximo eu iria aprender sobre Deus. Hoje, quando não prego e vou me congregar com irmãos de outra igreja, sempre me aflijo: aonde vou? Gosto de ouvir falar de Jesus, gosto de ver a Bíblia ensinada, e não tenho paciência com barulho. Fiquei um ano e oito sem pastorear (por opção). Viajei muito. Em um ano e meio fiz sessenta viagens. Mas quando estava em casa e precisava me congregar (não consigo ficar sem ir à igreja prédio) me afligia. O que encontraria? Seria alimentado ou seria chamado por um animador de auditório a me sacudir?
Gente como o Dom Livre e como Cristina Capareli estão rareando (eles são jovens, diga-se). A música de qualidade está escasseando. O culto com início, meio e fim, com uma mensagem progressiva, em que todas as partes caminham na mesma direção também está sumindo. A pobreza cultural do mundo se reflete na pobreza bíblica e teológica da igreja.
É, envelhecer é fogo. Mas ter senso analítico também. A gente nem sempre aceita se banalizar. E nossos cultos estão se tornando tão banais! Quando não puder mais pastorear, para onde irei?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ensinamentos pelas Metáforas de Jesus.

O nosso Senhor Jesus Cristo nada escreveu, mas as suas palavras foram relatadas pelos escritores do Novo Testamento, iluminados que foram pelo Espírito Santo. Um dos métodos mais eficazes que foram usados é a metáfora, que Ele, o Senhor, bem utilizou para ensinar as multidões, aos seus discípulos e a nós, hoje.
 
"O Pão da Vida"
 "No evangelho que o apóstolo João escreveu, capítulo 6, versículo 35 Jesus diz:
"Eu sou o Pão da Vida; o que vem a mim de modo algum terá fome, e o que crê em mim jamais terá sede". Quem se alimenta do "Pão da Vida", jamais terá necessidades que não sejam supridas pelo Senhor.
 
"A Luz do mundo"
João 8,12 "De novo lhes falou Jesus dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue de modo algum andará nas trevas, mas terá a luz da vida".  Ter a luz da vida é abrir os olhos para a necessidade de uma vida comprometida com o Senhor e, Ele mesmo guiará pelo caminho da salvação.
 
"A Porta"
João 10.9 - "Eu sou a porta. Se alguém  entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagem". Quando uma porta é aberta, naturalmente esperamos encontrar algo de bom para a nossa vida. Nenhuma porta é mais importante e nem mais segura, pois, às vezes algumas trazem complicações, do que a metaforicamente usada por Jesus.
 
"O Bom Pastor"
João 10.11,14 "Eu sou o bom Pastor. o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou o bom Pastor; conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem". O Senhor Jesus nos garante que conhece a cada um de nós que somos seus discípulos, mas, precisamos tê-Lo como o nosso Pastor Supremo, segui-Lo e, obedecê-Lo.
 
"A Ressurreição e a Vida"
João 11.25 "Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá". Quantas pessoas, neste momento, vivem como verdadeiros mortos-vivos  espirituais. Estes poderão ter vida e vida em abundância, basta que creiam no Unigênito Filho de Deus para terem a "ressurreição" de sua vida. Jesus referiu-se, no texto, ao seu amigo Lázaro, que havia morrido, mas também a todos os que espiritualmente estão mortos e podem reviver, para a glória de Deus.
 
"O Caminho - A Verdade - A vida"
João 14.6 "Respondeu-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim". Essa outra metáfora de Jesus, mostra o verdadeiro caminho a seguir, a verdade que liberta e a vida eterna que ninguém pode conceder, senão o Senhor.
 
"A Videira"
João 15.5 "Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer". Fica muito claro: um galho separado da árvore não terá vida própria, morrerá. Assim somos nós. Não podemos viver sem a misericórdia, a graça e o amor do Senhor da vida.