Autor: Pastor Israel Belo.
Às vezes, cara a cara, às vezes, pelas costas, batem na gente.
Reclamam
que não fizemos bem alguma coisa, que não lhes demos a atenção que
devíamos, que não cuidamos com o carinho prescidindido. Criticam nossas
intenções, nossas disposições, nossas produções. Duvidam de nosso
caráter. Atacam-nos gratuitamente.
Enquanto vivermos, será assim.
Não temos como mudar esta realidade, que faz parte da condição humana, por causa da contaminação universal do pecado.
Temos
que cuidar então para não fazer o mesmo que condenamos. Se tivermos de
falar de uma pessoa, que seja com ela. Se tivermos de falar sobre uma
pessoa, que seja positivamente e só depois de conferirmos com ela, mas
sempre para realmente ajudá-la.
Temos que cuidar para que aquilo que falam a nós ou sobre nós, não importam as suas intenções, não nos torne pessoas ruins.
Nesses
casos, bem faremos se nos munirmos de coragem para ouvir o que dizem
sobre ou contra nós e, em seguida, avaliar se a queixa procede. Se
procede, temos pela frente a ampla avenida do perdão. Além de pedir
perdão, talvez possamos ainda reparar parte do dano que a nossa falha
causou, tomando alguma providência, mesmo um pouco atrasada. Precisamos
ainda nos encher de gratidão para com o crítico, gratidão a ser
manifestada em gestos ou em palavras, porque o comentário do outro nos
ajudou a fazer melhor a nossa tarefa.
Viver é conviver. É o convívio
que nos torna humanos. Ser humano implica em ouvir e falar, falar e
ouvir. Quando ouvimos coisas boas sobre atitudes nossas, mesmo aquelas
que nos corrijam, bem faremos se valorizarmos o convívio que nos
estimula a sermos pessoas melhores. [CONTINUA]