terça-feira, 5 de julho de 2016

COMPREENSÃO

Texto escrito pelo Pastor Israel Belo de Azevedo
"Quando compreendemos a natureza do amor, a vida -- não importa o quão imperfeita seja -- torna-se rica e bela, vivida apenas como uma oportunidade para amar". (Soren Kierkegaard)

Que fazer com as pessoas imperfeitas?
Que fazer com as imperfeições de uma pessoa da nossa família, talvez nosso cônjuge?
Que fazer com aquele empregado imperfeito, em casa ou na empresa?
Que fazer com aquele chefe cujas imperfeições saltam da sua cadeira?
Que fazer com aquele amigo difícil?
Que fazer com aquele colega de trabalho que faria melhor se não existisse?
O mais comum, simples, fácil, imediato e direto é eliminar o imperfeito de nossas vidas, que é o que muitas vezes fazemos certos que nossos problemas estarão resolvidos. Na verdade, durante algum tempo, a calmaria impera, até descobrirmos que o desaparecimento do imperfeito não tornou melhores as nossas vidas.
Podemos também enfrentar o imperfeito como se fosse nosso inimigo. Brigamos. Chutamos. Gritamos. Batemos. Munidos de nossos preconceitos mais perfeitos e de nossas certezas mais completas, julgamos, condenamos e estabelecemos o castigo.
Outras vezes, nós ignoramos os imperfeitos, fazendo de conta que não existem. O gesto não resiste ao momento em que somos incomodados, algumas por sua simples presença.
Quando paramos e refletimos, o rosto na cara do espelho, descobrimos que há outras atitudes possíveis para com os imperfeitos, sobretudo se nos imbuirmos do ideal de fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem conosco. Na verdade, neste caso, o mínimo é o máximo. Se conseguirmos esta mínima disposição, teremos alcançado o máximo. Se olharmos para os outros como gostaríamos de ser olhados pelas pessoas em geral, teremos dado o passo mais importante da vida, ao qual certamente se seguirão outros passos que nos capacitarão a ser homens e mulheres de paz e bem.

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