quarta-feira, 27 de abril de 2016




MELHOR É O QUE PERMANECE, 1/3

Pastor Israel Belo

O que nos move?

Podemos ser movidos a paixão. Quando estamos apaixonados, nossos olhos brilham, nossos pés são velozes. Rimos a todo momento. Viver é estar com quem estamos apaixonados. Tudo é intenso. Tudo é eterno enquanto somos correspondidos.

É muito bom viver sob o arco-íris da paixão. Uma vida cheia de cores é mesmo para ser desejada. Como precisa da correspondência para existir como boa, a paixão não depende de nós. Por isto, quando somos correspondidos, precisamos valorizar e cultivar nossa paixão para que seja prolongada. O problema é que a paixão nos consome ou consome o outro. Precisamos de lucidez, mesmo na paixão, o que é um equilíbrio difícil de ser alcançado.

Felizes são os que não sentem sua paixão acabar, porque é da paixão apagar-se e nos deixar cheios de saudade. Então, vamos em busca naturalmente de outra paixão, num ciclo sem fim.

Podemos ser movidos a diversão. A diversão nos dá alegria para viver, como se fosse o combustível da jornada. Na diversão, o tempo voa. Quando estamos nos divertindo, a vida é sorvida em toda a plenitude.

O problema é que a diversão vem de fora, feita de momentos e alimentada por eventos, seja um jogo do qual participamos ou um espetáculo a que assistimos. Lamentavelmente, a diversão tem hora para começar e hora para terminar. Quando o jogo acaba, somos impulsionados a comprar mais créditos para que a vida continue boa.

O que nos move? A paixão? Pode ser que dure, mas pode ser que a decepção nos alcance e é grande a sua dor.

O que nos move? A diversão? Nossa vida não pode depender daquilo que se desenrola diante de nós ou do movimento do nosso corpo. Somos mais que o nosso olhar. Somos mais que o movimento. [CONTINUA]

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