quinta-feira, 19 de março de 2015

NOS PASSOS DE JOSUÉ


Texto do Pastor Israel Belo de Azevedo.

Josué, então, nos diz: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor."
Nós sabemos que esta palavra foi colocada num contexto da idolatria, porque Moisés já tinha orientado o povo a, tão somente, temer ao Senhor amando-o, como lemos nos dez mandamentos. Josué agora renova a aliança e pede ao povo fidelidade a Deus.
Essa expressão "eu e a minha casa, eu e a minha família, eu e os que moram comigo serviremos ao Senhor", nos coloca um convite. Como nós podemos viver como verdade, na nossa família, esta orientação, este desafio de Josué?
Primeiro, se queremos que nós e a nossa casa sirvamos ao Senhor, nós precisamos viver na atmosfera da presença de Deus. Muitas vezes, achamos que Deus está presente no templo, aonde vamos algumas vezes por mês. Quando pensamos assim, com certeza nós não serviremos ao Senhor. Mas se nós pensamos que Deus está conosco e a sua presença se mostra onde estivermos, sobretudo em nossa casa, se essa atmosfera nos acompanhar, nós então, juntamente com a nossa casa, serviremos ao Senhor. Tire, portanto, essa ideia equivocada de que Deus mora em algum lugar. Deus está onde nós estamos. Onde nós estamos é o templo de Deus, é a tenda de Deus, é o tabernáculo de Deus. Isso faz uma diferença fundamental.
Segundo lugar, para que nós e a nossa casa sirvamos ao Senhor, nós precisamos respeitar as diferenças entre os membros desta família. Respeitando inclusive o direito de um ou de outro, em não crer em Deus, ou não crer como nós cremos em Deus, ou não ter a mesma fé, forte e firme que nós temos em Deus. Não podemos impor a fé, não podemos impor Deus às pessoas de nossa casa. Temos que respeitar as diferenças. Lamentar se escolhem outros caminhos, orar para que voltem ao bom caminho, mas respeitar as suas decisões, mesmo que equivocadas. Respeitar as diferenças de temperamento, diferenças de perspectivas, diferenças de histórias, diferenças do modo de sentir. Precisamos aprender a respeitar as diferenças.
Terceiro lugar, se nós queremos que a nossa casa sirva ao Senhor, nós, começando por aquele que faz a afirmativa, precisamos viver de modo coerente com aquilo que nós cremos. Porque se nós dizemos uma coisa e fazemos outra, é aquilo que nós fazemos que será aquilo em que as pessoas vão crer. Quando Josué fez o desafio, ele sabia que as pessoas tenderiam a seguir a onda, e a onda era o politeísmo, a onda era seguir os deuses da fertilidade, da fecundidade, os deuses fáceis, inventados, de fácil seguimento, porque era tudo muito visual, muito sensual e a moda é poderosa. Josué diz, vamos seguir ao Senhor, não os deuses dos amorreus. Vamos seguir ao Senhor, não aos deuses dos meios de comunicação, não aos deuses dos ídolos, não aos deuses daqueles que conseguem dirigir o pensamento do mundo.
Vamos renunciar o nosso 'eu', vamos colocar o nosso 'eu' em segundo lugar, vamos colocar o 'eu' de cada um em nossa família como primeiro lugar. Não o nosso prazer, mas o prazer do outro. Não o prazer do marido, mas ele diz, o prazer da esposa, não o prazer da esposa, diz a esposa, mas o prazer do marido. Não o prazer dos pais, mas os filhos, não o prazer dos filhos, mas os pais. Um buscando a alegria, o prazer, a realização do outro. Assim, você e a sua casa servirão ao Senhor, nós e a nossa casa serviremos ao Senhor.

Você quer que a sua família sirva ao Senhor? Viva na presença de Deus todos os dias na sua casa. Ali é o lugar onde Deus também habita. Muito mais do que nos templos, podemos dizer.
Você quer que a sua família sirva ao Senhor? Respeite as diferenças, todas as diferenças. De temperamento, de educação, até mesmo de religião.
Você quer que a sua família sirva ao Senhor? Viva de modo coerente, consistente, coevo com aquilo que você crê. É o que você pensa que farão as pessoas crerem, não aquilo que você afirma crer.
Não siga a onda, não siga o seu próprio 'eu', pense no outro.

Assim, você e sua casa, eu e a minha casa, nós e a nossa casa serviremos ao Senhor

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