Texto do Pastor Israel Belo de Azevedo.
Josué,
então, nos diz: "Eu e a minha casa serviremos ao Senhor."
Nós
sabemos que esta palavra foi colocada num contexto da idolatria, porque Moisés
já tinha orientado o povo a, tão somente, temer ao Senhor amando-o, como
lemos nos dez mandamentos. Josué agora renova a aliança e pede ao povo
fidelidade a Deus.
Essa
expressão "eu e a minha casa, eu e a minha família, eu e os que moram
comigo serviremos ao Senhor", nos coloca um convite. Como nós podemos
viver como verdade, na nossa família, esta orientação, este desafio de Josué?
Primeiro,
se queremos que nós e a nossa casa sirvamos ao Senhor, nós precisamos viver na
atmosfera da presença de Deus. Muitas vezes, achamos que Deus está presente no
templo, aonde vamos algumas vezes por mês. Quando pensamos assim, com certeza
nós não serviremos ao Senhor. Mas se nós pensamos que Deus está conosco e a sua
presença se mostra onde estivermos, sobretudo em nossa casa, se essa atmosfera
nos acompanhar, nós então, juntamente com a nossa casa, serviremos ao Senhor.
Tire, portanto, essa ideia equivocada de que Deus mora em algum lugar. Deus
está onde nós estamos. Onde nós estamos é o templo de Deus, é a tenda de Deus,
é o tabernáculo de Deus. Isso faz uma diferença fundamental.
Segundo
lugar, para que nós e a nossa casa sirvamos ao Senhor, nós precisamos respeitar
as diferenças entre os membros desta família. Respeitando inclusive o direito
de um ou de outro, em não crer em Deus, ou não crer como nós cremos em Deus, ou
não ter a mesma fé, forte e firme que nós temos em Deus. Não podemos impor a
fé, não podemos impor Deus às pessoas de nossa casa. Temos que respeitar as
diferenças. Lamentar se escolhem outros caminhos, orar para que voltem ao bom
caminho, mas respeitar as suas decisões, mesmo que equivocadas. Respeitar as
diferenças de temperamento, diferenças de perspectivas, diferenças de
histórias, diferenças do modo de sentir. Precisamos aprender a respeitar as
diferenças.
Terceiro
lugar, se nós queremos que a nossa casa sirva ao Senhor, nós, começando por
aquele que faz a afirmativa, precisamos viver de modo coerente com aquilo que
nós cremos. Porque se nós dizemos uma coisa e fazemos outra, é aquilo que nós
fazemos que será aquilo em que as pessoas vão crer. Quando Josué fez o desafio,
ele sabia que as pessoas tenderiam a seguir a onda, e a onda era o politeísmo,
a onda era seguir os deuses da fertilidade, da fecundidade, os deuses fáceis,
inventados, de fácil seguimento, porque era tudo muito visual, muito sensual e
a moda é poderosa. Josué diz, vamos seguir ao Senhor, não os deuses dos
amorreus. Vamos seguir ao Senhor, não aos deuses dos meios de comunicação, não
aos deuses dos ídolos, não aos deuses daqueles que conseguem dirigir o
pensamento do mundo.
Vamos
renunciar o nosso 'eu', vamos colocar o nosso 'eu' em segundo lugar, vamos
colocar o 'eu' de cada um em nossa família como primeiro lugar. Não o nosso
prazer, mas o prazer do outro. Não o prazer do marido, mas ele diz, o prazer da
esposa, não o prazer da esposa, diz a esposa, mas o prazer do marido. Não o
prazer dos pais, mas os filhos, não o prazer dos filhos, mas os pais. Um buscando
a alegria, o prazer, a realização do outro. Assim, você e a sua casa servirão
ao Senhor, nós e a nossa casa serviremos ao Senhor.
Você
quer que a sua família sirva ao Senhor? Viva na presença de Deus todos os dias
na sua casa. Ali é o lugar onde Deus também habita. Muito mais do que nos
templos, podemos dizer.
Você
quer que a sua família sirva ao Senhor? Respeite as diferenças, todas as
diferenças. De temperamento, de educação, até mesmo de religião.
Você
quer que a sua família sirva ao Senhor? Viva de modo coerente, consistente,
coevo com aquilo que você crê. É o que você pensa que farão as pessoas crerem,
não aquilo que você afirma crer.
Não siga a onda, não siga o seu próprio
'eu', pense no outro.
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