Jesus nada exigiu de seus
discípulos quanto à sua vida, paixão e morte. Ele não queria que os seus
seguidores ficassem desanimados, mas, que prosseguissem com a missão de
evangelizar o mundo perdido. O desânimo não deveria fazer parte daqueles que
foram escolhidos, exceto Judas, que o traiu e desenvolveu profundo remorso
culminando com o seu suicídio.
Pedro o negou três vezes, talvez seja
divagação minha pensar que ele não se referia a Jesus, o Mestre, mas, àquele
que sofria as atrocidades de um julgamento corrupto e cheio de artimanhas para
condená-Lo à morte. Os discípulos foram ensinados a compreender a necessidade
de um viver em que o sofrimento não poderia dissuadi-los do propósito eterno de
Deus. Queria que eles desenvolvessem a arte do pensar, mesmo que para isso
tivessem de pagar um alto preço pelos próprios erros cometidos. Alguém disse
que “contemplar a beleza não pode ser bloqueada pelo desenvolvimento das ideias”.
Jesus não teve como pretensão, o
fundar uma escola de pensadores; o seu objetivo foi muito superior. Queria que
as pessoas aprofundassem o seu conhecimento de Deus. Quando falava com o Pai,
jamais entrava em “êxtase”, como alguns pretendem fazer em nossos dias, mas,
sempre foi coerente e lúcido, para que todos percebessem e entendessem a sua
real condição de homem. Demonstrou a todos que o amor do Pai é sublime e
superior a qualquer expectativa, e que o ser humano é limitado em sua
capacidade de amar. Assim, demonstrava claramente a supremacia do amor de Deus.
As enfermidades do corpo podem
ser curadas pelos médicos. Porém, as da alma somente Jesus pode curá-las. Todos
os que sofrem devem buscar n’Ele a solução para os seus problemas aflitivos e
encontrarão resposta para os seus anseios. (Mateus 11.28 diz: “Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”).
O comportamento de Jesus, enquanto
homem aqui na Terra, deixou e nos deixa a todos sem entender: sabia que os seus
inimigos tramavam contra Ele, mas não os destruiu, ao contrário, proclamou o
amor, não buscou os seus próprios interesses, embora tivesse todo o direito de
fazê-lo. Deixou-nos a certeza de que toda pessoa é singular para Deus e não
apenas um número como às vezes somos para a sociedade, dita organizada.
A sedução da fama, seja em que
área for, não pode e nem deve nos alcançar.
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