(Texto de Autoria do Rev. Hernandes Dias
Lopes, que recebi por e-mail.
As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as
igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado
glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira
e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante
disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam
as igrejas ainda hoje?
1°. A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e
suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que
deram guarida à perniciosa doutrina
de Balaão e
se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto
para resistir à apostasia e a morte quando a verdade é abandonada. Temos visto
esses sinais de morte em muitas igrejas na
Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias
capitularam-se tanto aO liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o
esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por
outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.
2°. A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a
Cristo e seu apego ao mundo. A igreja
de Tiatira estava
tolerando a imoralidade sexual entre seus membros.
Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas
a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma
igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece.
Seu candeeiro é apagado e removido.
3°. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua
decadência espiritual. A igreja de Sardes
olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser
uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando
na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem
consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como
quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.
4°. A morte de uma igreja
acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo
doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha
doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida
piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a
arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a
expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e
vida, ortodoxia e piedade.
5°. A morte de uma igreja
acontece quando lhe falta perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não
receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas
igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta
começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão
da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira
geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É
preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É
tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas
gerações? Que tipo de igreja deixaremos para
nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?