segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

IGREJA BATISTA DE TAUÁ


                                                    

                                        85 anos de proclamação do evangelho

"Dia 24 de fevereiro de 1928 foi plantada na Ilha do Governador uma pequena Igreja, simples, pobre e, para alguns, até insignificante". O primitivo salão de cultos ficava situado à Rua X nº 6, em uma residência domiciliar. Foi elaborada a Ata do Concílio Examinatório às 15h daquele dia, que constou da chamada dos trinta e seis membros da então Congregação, e a leitura do pacto de fé das Igrejas Batistas. Após os procedimentos do Concílio o irmão Presidente, Pastor José de Souza Marques, declarou constituída a Igreja Batista de Tauá, e, por unanimidade foi eleito como o seu primeiro Pastor Presidente.

A Igreja teve o Pastor José de Souza Marques no primeiro pastorado até 30 de dezembro de 1928. Foi sucedido pelo missionário J.J. Cowsert de 03 de março de 1929 a 14 de julho do mesmo ano. O Pastor Francisco Nascimento o sucedeu em caráter de interinidade durante o ano de 1930. No dia 24 de fevereiro de 1931 foi feita a consagração do Seminarista Walfrido Monteiro e empossado pastor da Igreja, permanecendo até 11 de junho de  1944, quando tomou posse o Pastor  João Lemos. O seu pastorado permaneceu de junho de 1944 a novembro de 1948. O seu ministério foi interrompido entre fevereiro a setembro de 1945, quando o Pastor João Lemos foi convocado para acompanhar as Forças Armadas do Brasil aos campos da Itália.

Com o passar do tempo foi construído um pequeno Templo à Rua Domingos Mondim, 148 que serviu para os cultos receberem mais pessoas. A ideia de construção de um templo estava na cabeça dos membros da Igreja e, a sua inauguração aconteceu  em março de 1949. Neste período foram organizadas duas novas igrejas-filhas: Inhaúma e Catete.

Ao completar o seu Jubileu de Prata, a Igreja tinha o Pastor Jáder Malafaia como o seu titular, pois havia substituído o Pastor João Lemos em 1949. Naquela ocasião, no Culto de Celebração foram apresentados os membros fundadores e o pregador foi o Pastor Waldemar Zarro.  Pastor Jader Malafaia deu um novo impulso em todas as áreas da Igreja. Precisou licenciar-se em 1957. Em 1964 foi lançada a Pedra Fundamental do atual Templo. A sua construção foi considerada um verdadeiro milagre, pois desde o começo muitos problemas foram enfrentados, inclusive financeiro, e com um grande lençol freático, que somente foi vencido pela fé e perseverança dos irmãos. A Seguir houve outro milagre: a compra do terreno contíguo, e, com a venda do antigo templo, houve condição para aquela aquisição.

Pastor João Batista de Assis Figueiredo assumiu a Presidência da Igreja dia 12 de abril de 1958 e a liderou até 1979. Em seu pastorado foi inaugurado o atual Templo, quando houve um crescimento acentuado de membros. A seguir assumiu o Pastor Joaze Gonzaga de Paula, apenas por alguns meses em  1979. No dia 05 de outubro de 1979 foi empossado o Pastor Damy Ferreira, ministério que perdurou até 31 de dezembro de 1983. Pastor Josué Valandro de Oliveira assumiu o pastorado dia 05 de maio de 1984, nele permaneceu até 27 de outubro de 2012, quando solicitou aposentadoria e foi jubilado. Em seu ministério foram plantadas seis novas Igrejas Batistas na Ilha do Governador – Jardim duas Praias, Freguesia, moneró, Segunda do Galeão, Cacuia e Bancários – e uma em Brazópolis-MG. Aconteceu a construção do Prédio de Educação Cristã. Foi um pastorado abençoado e abençoador.

Começa, agora, uma nova história com o Pastor Mauricio do Amaral Bossois, jovem dinâmico, empreendedor e que certamente será uma grande bênção para o presente e o futuro de nossa Igreja. Deus espera de todos nós o esforço necessário ao prosseguimento desta maravilhosa obra iniciada por nossos irmãos do passado, que deram tudo de si, para que hoje, abençoados pelo Senhor da obra, continuemos a proclamar o evangelho da salvação eterna.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que é ser relevante?

Vivemos em um mundo de escolhas, às vezes supérfluas, que precisam ser definidas por nós mesmos. Não podemos e nem devemos ficar omissos em uma sociedade que sofre por causa de seus próprios preconceitos. Alguns entendem, dentro de seus conceitos, que determinadas tomadas de posições são exatamente a resposta aos seus anseios. Outros, menos avisados, proclamam, mesmo vivendo dissolutamente, que estão felizes.

Viver para ser relevante envolve satisfazer a vontade do Senhor Jesus. Ele mesmo deixou a ordenança para todos nós: "...ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!

Ser relevante envolve, também, observar a necessidade dos nossos irmãos na fé e daqueles que, mesmo não crendo da mesma forma, sofrem por causas variadas. A principal forma de sofrimento é causada pelo total desconhecimento da vontade de Deus para todos. A grande maioria vive nas trevas como  diz a Bíblia: "Se dissermos que temos comunhão com ele a andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão  uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nis purifica de todo pecado". (I João 1.6-7).

A nossa relevância no Reino de Deus, aqui na Terra, é de suma importância para a família, a igreja e a sociedade em geral. Líderes mundiais discutem a respeito de assuntos estratégicos para a paz, para o desenvolvimento sustentável e tantas outras coisas; esquecem de consultar o Manual de Deus para a humanidade: A BÍBLIA SAGRADA.

Ninguém conseguirá ser relevante sem a submissão ao Criador, no máximo as pessoas farão de seus propósitos uma trilha a seguir; entretanto, o caráter, a ética e todos os outros valores ficarão subjugados aos interesses particulares.

Nós, os servos e discípulos de Jesus Cristo, precisamos despertar do sono espiritual ("Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá" - Efésios 5.14), e procurar corresponder ao que nos foi confiado.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

METAMORFOSE OU CAMUFLAGEM


 

Tenho o prazer de publicar mais um artigo escrito pelo irmão Wilson Muniz. Texto inteligente e que busca fazer o seu  leitor pensar.
 

             Vivemos tempos de transformações constantes. Algumas são facultativas, outras são compulsórias. O mundo muda constantemente, e quem não acompanha o ritmo é deixado para trás. Na verdade, o mundo sempre mudou. A diferença, nos dias de hoje, é a velocidade das mudanças. Assim sendo, precisamos decidir, rapidamente, se seguimos em frente, ou se ficamos onde estamos.  Quanto a isso, Raul Seixas já dizia:

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...Sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei que eu sou...”

Talvez agora, você já tenha torcido o nariz por eu ter citado um personagem tão controverso. Ou esteja feliz porque esta é a frase que você tem adotado como o lema de sua vida. Tanto em um, como em outro caso, vamos com calma! Descartes disse: “Penso, logo existo.” Então, pensemos a respeito:

A tese contida na canção, quando vista sob a perspectiva adequada, é muito interessante. Ele fala de mudança de mente, metanoia. O autor convida-nos a abandonarmos a arrogância e deixarmo-nos transformar, sem, apressadamente, colocarmos um ponto final em nossa evolução, como quem já sabe tudo, como quem já está pronto. O problema não está no enunciado da ideia, mas na interpretação que se faz dela. Talvez essa errônea interpretação tenha origem no próprio estilo de vida do autor, talvez... Interpreta-se a palavra metamorfose muito mais no sentido de camuflagem, mudança circunstancial e transitória, do que no sentido de transformação essencial e permanente. Senão vejamos: Quem se camufla, ou mimetiza, o faz a fim de atender às demandas momentâneas de sobrevivência, quer seja para levar vantagem, quer seja para não sofrer prejuízo. Em suma, a camuflagem é um meio utilizado para sobrevivência em um meio hostil. Tão logo a ameaça se vá, ou a conveniência indique, volta-se ao estado anterior, ou a outro estado qualquer que se apresente útil. As mudanças são utilitárias, mas não são permanentes. Quero dizer com isso que, muitas vezes, abre-se mão de princípios em troca de uma sobrevivência menos onerosa. Ou não se reconhece a existência de princípios fundamentais, já que, segundo a incorreta interpretação da tese contida na canção, nada é definitivo, tudo está em constante transformação. Se, nós ainda não sabemos quem somos, então, não podemos chegar à conclusão alguma. Nada é absoluto, tudo é relativo. Essa tem sido uma boa desculpa, usada para que compromissos não sejam assumidos e vínculos não sejam criados.

Eu disse que a tese da canção é muito interessante quando vista da perspectiva adequada. Como cristão, eu não posso deixar de usar a Bíblia como a lente mais indicada para examinar o pensamento humano. No versículo dois, do capítulo 12, da carta aos Romanos, Paulo escreve:

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (metanoia), para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Qualquer semelhança entre a música de Raul Seixas e a carta de Paulo de Tarso não é mera coincidência. Ambas nasceram do desejo, inerente ao ser humano, de ser feliz, bem aventurado, bem sucedido, de experimentar o Divino. A experiência transcendental, ainda que haja entendimentos diversos sobre o que seja isso, é essencial para dar sentido à vida. Por isso, tanto o roqueiro, que morreu mergulhado nas drogas, quanto o pregador, que morreu anunciando Jesus, tinham o mesmo anseio.

O que faz toda a diferença é a compreensão do que seja metamorfose. Diferentemente da camuflagem, já abordada aqui, a metamorfose é uma mudança definitiva, que não admite retrocessos. É uma mudança de forma e conteúdo a fim de alcançar um objetivo final, viver um destino, alcançar uma meta. É um aperfeiçoamento para melhor desempenho, algo que acontece mudando-se o que se deve mudar. Independentemente do ambiente ao redor, dos predadores presentes, das conveniências, ou da falta delas. Aquele que sofre a metamorfose paga o preço, mesmo tendo que deixar o velho corpo, mudar hábitos alimentares, trocar de endereço. Para alcançar a meta, ou seja, o sentido da vida, a mudança não é opcional. É fundamental.

Então, se metamorfose é aperfeiçoamento, como se pode alcançá-la? Para encontrarmos a resposta, voltemos à Bíblia. Jesus, citado por Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 12:9, disse:

“A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”

Na primeira carta de Pedro, capítulo 5:10, está escrito:

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá.”

Logo, compreende-se que aperfeiçoamento não é algo que se faça autonomamente, mas sim o resultado obtido quando a pessoa reconhece as próprias limitações e submete-se ao poder de Deus.

Sendo assim, se você é cristão, não desconsidere uma frase inteligente, mesmo não sendo mencionada na Bíblia ou pronunciada por um irmão. Pense antes. E, se você não é cristão, não descarte a palavra bíblica imaginando que, entre os fiéis, inexista vida inteligente. Reflita primeiro também. Sigamos todos em frente, caminhando e sendo aperfeiçoados.

Submetamo-nos à verdadeira metamorfose.

 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

VOCÊ TEM SEDE DE QUÊ?


 Publico, com alegria no coração pela coragem e lucidez, este excelente texto escrito pelo irmão Wilson Muniz.

Estive pensando nos acontecimentos da semana passada. Chorei com a morte de tantos jovens em Santa Maria; assassinados pela chama do lucro fácil que queima as leis e pela fumaça da corrupção que tudo encobre até a próxima tragédia. Revoltei-me pelo enterro da decência em Brasília, sepultada por um senado indigno, corrupto, falido. Na capital, a decência foi apenas enterrada, já que estava morta, e putrefata, há muito tempo. Se é que um dia por lá tenha vivido. Nos pampas, a morte violenta prostrou familiares e amigos; no planalto central, o senado-quadrilha colocou de joelhos uma nação.
Após os acontecimentos, ouviu-se a ladainha dos poderosos tentando explicar o inexplicável e justificar o injustificável. Ladainha que soa como uma melodia fúnebre saída de uma macabra caixinha de música, que ressoa as mesmas tristes notas a cada vez que é aberta. Essa cantilena é ainda mais antiga que as canções que embalaram meus revolucionários sonhos juvenis de mudar o mundo. Parece que isso foi há tanto tempo! Lembrei-me de canções e citações e misturei-as com minhas próprias reflexões, o que fez transbordar a minha insatisfação. Quase podia ouvir Caetano Veloso:

"Enquanto os homens exercem seus podres poderes, morrer e matar de fome, de raiva e de sede, e também de incêndio, são tantas vezes, gestos naturais... Será que nada faremos senão confirmar a incompetência a América católica, latina de todas as crenças, que sempre precisará de ridículos tiranos...”

Desde sempre, somos governados por ridículos tiranos, dentre os quais, os de agora parecem ser os maiores expoentes. Será que nada faremos, será?

Martin Luther king Junior, discursou:
O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... o que me preocupa é o silêncio dos bons.”

Bons? Aqueles que se calam, diante de tanta injustiça, podem realmente ser chamados bons?
No início do século XX o humorista norte-americano O. Henry, referindo-se a Honduras, cunhou o termo República das bananas. Posteriormente, isso passou a ser referência comum aos países latino-americanos, como se a única coisa de valor existente por aqui fosse a saborosa fruta de origem africana. Não tenho certeza se, substantivamente, somos uma República, mas estou convicto de que, adjetivamente, merecemos a pecha de bananas. E não é por causa da fruta abundante, mas sim pelo nosso servil comportamento.

Nossos governantes têm nos dirigido com a velha tática do “pão e circo”. E nós, agora de maioria da classe média, permanecemos rindo da nossa própria desgraça. É como se os políticos tirassem nossos anéis e exigissem nossa gratidão por não arrancarem nossos dedos. E pior, nós agradecemos! Um pouco de comida, um pouco de emprego, nada de dignidade. Os Titãs já repetiam:

“Bebida é água, comida é pasto! Você tem fome de quê? Você tem sede de quê?... A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte.”
Procuramos de fato uma saída, ou isso é apenas uma letra de música antiga?

Talvez você tenha reservas a respeito dos autores por mim citados, eu também tenho as minhas. Ou então, você não concorde com a interpretação que eu extraí de seus textos. Considerando isso, recorro ao Mestre dos mestres, o meu Mestre Jesus, que disse:

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”

Ao falar daqueles que têm fome e sede, Jesus não está se referindo àqueles que, já saciados, desejam uma sobremesa e um cafezinho. Ele fala de alguém que luta por algo do qual depende a sua própria sobrevivência; de um anseio profundo. Logo, se ainda não vemos a justiça, é porque dela não temos tido fome e sede. O nosso desejo tem sido apenas retórico e não objetivo, prático. Não temos vivido aquilo que dizemos acreditar.

Nossos políticos têm uma insaciável fome de bananas, e nós os temos suprido fartamente através da nossa omissão.

E você, tem sede de quê?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ESTENDA A SUA MÃO.



Texto de autoria do Pastor Israel Belo de Azevedo.

 
Depois de permitir que seus discípulos debulhassem espigas de cevada na fazenda, para irritação dos fariseus, Jesus chegou ao centro da cidade e entrou na sinagoga, uma espécie de sucursal do templo em Jerusalém, a cidade-capital.
Queria apenas cultuar.
Antes dele, estava ali também com o mesmo propósito, um homem que tinha uma de suas mãos atrofiada.
Talvez o homem tenha percebido que chegara a sua oportunidade de ter a sua mão boa de volta. Talvez tenha ficado na dúvida se devia pedir algo a Jesus, porque era sábado e a lei proibia qualquer tipo de trabalho nesse dia. Talvez algum fariseu o tenha empurrado até Jesus, numa forma de cilada. Os olhos se voltaram para os dois, frente a frente. O culto parou.
O homem precisa de Jesus, que tinha poder para curá-lo, mas era sábado.
-- Estenda a sua mão.
O homem teve pouco tempo para decidir.
(Devo estender a minha mão? Se ele não me curar, vou ser alvo de gozação o resto da minha vida. Se ele me curar, vão ficar furiosos comigo, porque hoje não é dia de cura.)
O homem estendeu a mão em direção a Jesus, que a restaurou.
O homem tinha agora duas mãos perfeitas.
O homem fez a escolha certa perfeita.
Ainda hoje o convite continua aberto, para aquele que tem uma parte de sua vida ressequida, porque está difícil viver depois da morte de uma pessoa querida, porque está difícil esquecer uma violenta ofensa recebida, porque está difícil prosseguir depois de uma derrota fragorosa e injusta, porque o transtorno da ansiedade passou a dominar as portas da alma, porque está difícil recuperar a alegria de viver depois que um acidente incapacitou parte do corpo para a plenitude dos movimentos, porque o ódio injustamente nutrido tem tirado a doçura do sono noturno.
Se a sua vida está ressequida, aceite o convite de Jesus, mesmo que os obstáculos sejam muitos, mesmo que as dificuldades sejam fortes, mesmo que lhe digam que não pode nem deve estendê-la em direção a Jesus.
Quando Jesus ainda estava no campo de cevada, ele disse que era maior que o templo de Jerusalém.
Ao se dizer maior que o templo, o edifício mais majestoso da região naquela época, Jesus estava dizendo que era maior que os problemas que atrofiam as nossas vidas.
Estenda a sua mão.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Quando Deus manda ficar quieto e observar...

Texto de autoria do Pr. Sérgio Jesus
 
Nos últimos dias tenho preferido publicar textos que recebo por e-mail. Tirei férias mentais e, por isso não tenho escrito.
 
A teoria diz que Deus tem três respostas, sim, não, espere.
Sim - oba! Conseguimos!
Não - poxa, não conseguimos, mas pelo menos Ele respondeu.
Espere - aí a coisa complica!
"... Não temais: estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre; O Senhor pelejará por vós, e vos calareis." Êxodo 14:13 e 14.

Interessante:

Os egípcios, poderosos, auto-suficientes, que outrora foram grandes amigos, de onde se retirou a subsistência num período de "vacas magras", com o passar do tempo, se tornaram algozes, dominadores, senhores, e os "ajudados", o povo hebreu, se tornou escravo daqueles que antes os tinham recebido como amigos.
Um hebreu, vendido pelos irmãos de sangue, escravizado, foi instrumento de Deus para salvar os egípcios da fome que grassaria por 7 anos.
Este hebreu conseguiu salvar sua própria família, que o havia traído anos antes pela atuação de seus irmãos.
Este povo egípcio, salvo pela ação deste hebreu anteriormente escravizado, orientado por Deus, após a passagem de determinado tempo, anos, décadas, movido por outros interesses, escraviza novamente o povo do hebreu que lhe havia sido instrumento de salvação e, no final desta fase da história, quando Deus resolve libertar o povo, depois de tudo o que sabemos via Bíblia Sagrada, ao serem confrontados em frente a um circunstancial inimigo, o mar, pelo qual naturalmente não conseguiriam passar, os hebreus recebem a mensagem de Deus, no texto acima mencionado:

Fiquem quietos e vejam Deus agindo...

E Deus agiu!
Contra todas as expectativas.
Contra todas as possibilidades.
Contra todo o "bom senso" humano.
Contra tudo e contra todos.
Deus agiu!

Gente querida, quantas vezes nos vemos em situações semelhantes em termos teóricos.
Ajudamos durante algum tempo alguém que nos ajuda.
Com o passar do tempo nossa ajuda se torna obsoleta, e nos tornamos escravos de quem tentamos ajudar.
Coisas acontecem, fatos se sucedem, e Deus resolve nos livrar.
E os fatos se sucedem.

Deus tem seus métodos, padrões, critérios justos de justiça (redundância proposital).

É esperar pra ver!
É crer pra ver!
É ver por crer!
Ou por não crer tanto, mas fiar-se em quem cria.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

PÂNICO DE NORA, FOBIA DE SOGRA (Texto de autoria de Ivone Boechat)



Houve grande fome e um homem chamado Elimeleque passou a peregrinar no país de Moabe, com sua mulher, Noemi, e dois filhos. Anos mais tarde, Noemi ficou viúva e seus filhos casaram-se com Orfa e Rute. Todavia, mais uma vez, a morte bateu na porta deste lar e os dois maridos morreram. Ficaram, agora, três viúvas.
“Disse Noemi às suas noras: Ide, voltai cada uma para a casa de sua mãe e o Senhor use convosco de benevolência”. Ruth 1:8
Respondeu Rute: “Não me instes a que te abandone e deixe de seguir-te. Porque onde tu fores, irei eu: o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus. Onde quer que morreres,morrerei eu e ali serei sepultada. Assim me faça o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti”. Rute 1:16
Será que a Bíblia registrou essa história fantástica para provar às futuras gerações que a relação sogra-nora pode dar certo ? Que fenômeno é este que inspirou tão grande amor entre nora e sogra? Hoje, seria impossível isto acontecer?
As relações sogra-nora devem ser entendidas como processo de crescimento mútuo. A sogra, mãe e mito do filho, vai dando lugar à construção do monumento-nora que se incorpora à construção do lar. A nora trabalha pela derrubada do mito e esta obra deve ser respeitada, porque é cansativa e dolorosa.
Derrubar o mito não significa derrubar a pessoa. É bem diferente. Isto mal entendido, é causa de conflito, porque o espelho do filho é a mãe que também trabalha na ampliação do espelho para comportar rostos e imagens que vão se aderindo à família.
Com boa educação, nora e sogra alternam-se no espaço, com respeito, sem interferências e arranhões. O coração tem departamentos bem definidos para cada identidade do amor. É preciso educar-se para compreender a dimensão e o limite, a função e as características de cada tipo de amor.
Analisando o comportamento da família, no decorrer das eras, nota-se a importância da mãe como símbolo de sustentação social. Essa mãe vem a ser avó e sogra, figuras imponentes no seio do lar. Daí, a dificuldade inicial para que a nora atraia a notoriedade e o prestígio singular que lhe impõem a condição de recém chegada.
Se cada pessoa esforçar-se pela feliz convivência, entendendo como isto fortalece as várias manifestações do afeto, será bem diferente o comportamento da sobra e da nora. Uma não substitui a outra, muito pelo contrário, cada qual ama e deixa-se amar no próprio território. São galáxias distintas.
É importante sublinhar que o espaço de cada um na família é conquistado, como em qualquer lugar, através de obras, de participação, de competência e tempo. Chegar primeiro significa conquistas anteriores e posse de algo.
Ninguém espere que um grande amor desabroche, como nos contos de fada, na primeira aproximação. Pode até ser que aconteça o amor à primeira vista entre nora e sogra. Quem se casa apaixonado é o filho. O amor dos outros membros da família será construído diariamente, numa caminhada sinalizada pelo respeito. Sem preconceitos e discriminações, a viagem torna-se mais suave.
Apesar de tantos séculos passados, Noemi e Rute, sogra e nora, estavam prontas para viver, em profundidade, a relação de aceitação mútua. Deixaram, portanto, ao mundo a mais bela lição de harmonia dentro de casa.